The ones who made the light
quanta saudade... quanta saudade desse eu que sentava e lia, e escrevia... desse eu que se esquecia menos das palavras e pensava menos na labuta e mais no peso da luz do Sol sobre a pele pela manhã. o eu que se preocupava tanto com sinônimos e tão pouco com a velocidade das palavras. o eu que não só detestava pessoas mas que conseguia não deixá-las lhe estragar o dia. triste né? triste como em menos de uma década a gente se perde, a vida de adulto nos sufoca e nossos sonhos se tornam menores, mais tangíveis. tenho saudades de sonhar gigante, do céu não só não ser o limite mas ser o ponto de partida. quando a gente se escrevia a vida era mais simples, mais leve, mais tranquila. concorda? quanta saudade... escrever era tão suficiente e te ler era tão recompensador. eu lembro do seu céu em alemão, lembro da janela de vidro, das lagrimas e dos sorrisos... lembro da ansiedade de ver seu nome na minha tela, e da ansiedade de te ler corretamente. mas sempre foi correto, sempre foi puro. éramo