Eu a amo (?!)

São dezessete anos e eu nunca busquei ninguém, já tive daquelas fazes onde procurar uma paixão passou a ser uma obsessão, mas essa obsessão deixava de existir em uma ou duas semanas simplesmente porque encontrar uma paixão é tão simples como encontrar uma camiseta digna de ser vestida num sábado.
É difícil nomear um sentimento do qual nós não nos lembramos de ter existido antes, e amor é um desses sentimentos. Só nos damos conta de que é verdadeiro quando perdemos, e se não sentimos falta depois de perder ele simplesmente não era amor, era paixão.
Então o que é amor? Amor é incerteza certa, é um contentamento descontente (como diria o poeta). Amor é feito de contradições, e é por isso que não temos explicação científica ou sobrenatural para tal.
E como saber se o amor é verdadeiro sem ter que perdê-lo? Não sei. Só sei que meu amor inconstatado por ela é tão grande que não quero saber. Quero que fique assim, em forma de dúvida que só cresce e nunca encontra resposta. Porque se um dia a ciência encontrar justificativa plena e irrefutável pelo que sinto. Que graça terá?