FALHA

Seguia pelas sombras,
Sobras frias e opacas
Tomadas por horror, por culpa, por medo.

Recaía num poço privado de fim
Tudo emergia e desaparecia,
Tão escuro, tão fundo.

Cada tentativa foi inútil,
A respiração já se tornava fraca,
Os olhos se fecharam.

Os cabelos tentavam escapar,
As roupas se seguravam...
Até que finalmente ele apareceu.

A sensação era horrível,
Úmido, sujo, mal cheiroso;
Como fui parar aqui?

Primeiro fui privado da dor,
Depois, da respiração;
Finalmente ele estava quebrado... Não mais batia.